É provável que em algum momento da vida você tenha tido uma vontade imensa de aprender algo novo, mas achou que aquilo não era pra você... Tocar violão, nadar como um peixinho, se tornar um astro novela das 9 ou, sei lá, se tornar um detetive profissional no maior estilo Sherlock Holmes.
No meu caso, entre tantos sonhos que tenho por aqui, um deles eu não assumia que existia: desenhar. Sou filha de uma artista pela qual sempre tive admiração e por muito tempo acreditei que aquele era um dom aleatório que, na família, era minha mãe quem havia adquirido.
Pois bem, a vida foi passando, pandemia surgiu e passei a questionar os passos que eu estava seguindo... foi nesse período em que a Pacobá (antes Morada) se tornou realidade e também foi quando avaliei o quanto me auto sabotar me limita (e muito!). Afinal, será mesmo que eu não tinha dom nenhum? E se esse não for somente um dom, mas algo que pode ser aprendido com muito empenho e estudo?
Estou tão acostumada a ver o recorte perfeito da vida das pessoas nas redes que acabei excluindo a possibilidade de que, por trás de qualquer grande obra (seja ela um bom filme, uma receita de bolo ou um conselho cheio de sabedoria) há também estudo, experimentação e repertório. E esse tipo de conhecimento poderia ser conquistado... certo? Bom, eu não tinha certeza o suficiente, mas acabei me agarrando nessa afirmação.
Passei a reservar meia hora das minhas noites para rabiscar (pasmem) sem grandes expectativas. Era óbvio, eu não criaria nada incrível do dia pra noite, então me restou controlar a ansiedade e aceitar o tempo. Isso foi primeiro, difícil, mas depois libertador.
Meus desenhos beiravam o bonequinho de palito, sabe? mas continuei. Fiz cursos online, assisti a inúmeros vídeos, testei ferramentas diferentes e com o tempo fui destravando informações que eu não lembrava que estavam na minha memória. Explico: minha mãe sempre me incentivou a pintar e eu havia esquecido que, quando criança, ela aproveitava minhas tarefas da aula de Artes para me ensinar. Também fui me recordando de todas as vezes em que vi ela em ação, como segurava o pincel, fazia esboços, misturava as tintas... era como se eu estivesse acessando uma memória que mantive lacrada na minha cabeça por muito tempo.
Vale lembrar que no período em que iniciei meus estudos foi o auge da pandemia, por isso eu e minha mãe nos víamos muito pouco e não fiz aulas com ela naquele momento.
Bom, de lá pra cá comecei a amadurecer meus traços, fui entendendo os materiais com os quais me adaptava melhor, me apaixonei por desenhos botânicos e segui em frente. Também tenho aprendido a desenvolver estampas, o que abriu um leque de opções imenso para criarmos aqui.
É claro, tenho um longo caminho para percorrer até me sentir mais segura com o processo criativo e satisfeita com o resultado final, mas como disse, dessa vez aprendi a valorizar o trajeto que percorro e isso tem me permitido ir mais longe.
Dessa história toda surgiram os primeiros itens criados por mim aqui na Pacobá, desenhados à mão com tinta guache, digitalizados, finalizados e transformados em panos de copa, paninhos de cera, cartões postais e pôsteres exclusivos (alguns destes já disponíveis no site, outros serão divulgados em breve).
Sonho ainda com inúmeras peças lindas que em seu devido tempo (olha eu de novo aprendendo a controlar a ansiedade) serão lançadas por aqui. Enquanto isso, espero de coração que nossos mais novos itens transformem sua casa assim como esse novo ofício tem transformado minha vida.
Muito obrigada por ter lido até aqui. O texto foi longo, mas achei que seria uma boa forma de me apresentar a vocês.
Com carinho, Mariana.
dica esperta
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Algorítimo - esse link não consigo enviar… hahaha. Como busquei muita informação sobre ilustração, passei a receber uma série de vídeos relacionados que me ajudaram muito, dos mais diferentes lugares do mundo (as redes sociais também podem ser um meio saudável). Uma dica é fazer uma limpa no seu perfil do Instagram e seguir perfis de ilustradores com diferentes estilos.
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